segunda-feira, 1 de março de 2010

Ternura de Mãe

Mãe, olho-te e vejo esse teu olhar tão terno, então confesso
Cometo o erro de querer que sejas aquela flor do vale
A singela, porém tão bela sempre viva e peço:
Ó DEUS proteja mamãe e que demore pra que sua voz se cale
Por tê-la conservado até agora, humildemente agradeço.

Olho-te e sinto teu jeito quase que infantil e abusado
De nos mostrar sua mente, intocada, saudável
Contrastando com teu corpo frágil e acabado
Sinto que o tempo não pode ser cruel, pois é inevitável
Mas pode ser desfrutado, com esse teu sorriso alegre inabalável.

Olho-te com a preocupação de uma filha chorosa
Bate uma saudade da infância, biscoito na gordura
Das cocadas espalhadas sobre a mesa e tu gritando prosa:
Olha a gulodice! Tem pra todo mundo, está uma gostosura!
E nem comias! Pensas que eu não reparava Dona Rosa?

Então fecho os olhos, para guardar-te na minha mente
Como quem guarda um tesouro sem deixá-lo um só instante
Tua ternura há acompanhar-me até a eternidade
Teu ensinamento para mim tão importante
Será o símbolo do teu amor, da tua beleza e bondade.

Elma Costa

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